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Terminologia

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Alfardon
Azulejo de pavimento, de formato hexagonal, alongado, usado em combinação com losetas quadradas. [nota] Não produzimos.
Amostra
Muito embora qualquer peça que tenhamos em mostruário seja uma amostra, geralmente designamos amostras às peças que servem de ensaios para afinação de cores, tons, motivos ou padrões e que são apresentadas ao cliente para apreciação ou ajuda à decisão na sua escolha.
Azulejo
Objecto achatado de argila cozida, usado no chão ou mais frequentemente em paredes de edifícios ou construções, normalmente vidrado, conferindo‑lhe uma superfície impermeável e permitindo que na sua decoração se usem cores e motivos decorativos. // Designação genérica para uma pastilha plana em cerâmica com revestimento de vidro e eventualmente um motivo decorativo.
Azulejo recortado
[ver Azulejo, ver Painel recortado] Azulejo que na sua forma final apresenta em pelo menos um dos seus lados um recorte ou contorno recortado; Normalmente é parte, eventualmente em conjunto com outros azulejos recortados, de um painel recortado. Mediante esta técnica consegue‑se, em algumas circunstancias, enaltecer o aspecto estético de um painel, outra aplicação possível será em lambrins recortados, em escadarias ou quando o local de aplicação apresente contornos, saliências ou obstáculos à colocação do azulejo na sua forma integral.
Barro
[ou Argila] Matéria prima utilizada na produção da chacota, poderá apresentar vários tonalidades de cor variando entre a cor branca e vermelha.
Bordadura
[ou Friso] Barra, cercadura ou filete, decorada normalmente num motivo padrão ou repetitivo, em redor do motivo principal de um painel ou do perímetro de uma peça.
Canto
[ver Faixa] Azulejo geralmente de forma quadrada, contendo motivo ou padrão confinante ou concordante com o motivo do friso ou faixa a que pertence e que é usado em conjunto com esta para formar a bordadura.
Chacota
[ou Biscoito] Objecto ou artefacto produzido unicamente em material cerâmico. Este objecto em cerâmica, dependendo da matéria prima de que é composto, foi sujeito a cozedura ao ar livre e sob a acção da incidência solar ou a cozedura em forno a temperaturas que poderão atingir os 980º (centígrados) e apresenta a forma definitiva da peça (o corpo). [nota] Algumas peças de loiça o biscoito é sujeito a temperaturas entre 1150º e 1250º (centígrados). [nota] No caso das porcelanas, material com que não trabalhamos, o biscoito é sujeito a 1250º (centígrados). [nota] Sobre a chacota são posteriormente aplicados outros materiais e esta é novamente sujeita a elevadas temperaturas obtendo‑se a peça final: decorada e vidrada.
Chacota de azulejo industrial
[ver Chacota] Chacota executada industrialmente. Apresenta‑se uniforme e com grande rigor de acabamento. Por ser produzida por meios mecanizados é substancialmente mais económica e consequentemente a mais utilizada. Não confundir o processo de execução da chacota com o processo de pintura, todas as nossas peças são pintadas à mão.
Chacota de azulejo manual
Chacota executada manualmente. Apresenta formas irregulares eventualmente pequenas imperfeições ou alteração nas dimensões e é eventualmente mais espessa que a normal chacota de azulejo industrial; não interpretar imperfeições como material menos nobre, pelo contrário este é o material mais caro! e a sua utilização está normalmente associada à execução de obras com motivos antigos ou necessariamente no restauro de obras antigas. É a base ideal para produzir obras de motivos rústicos ou estilo século XVII ou XVIII.
Cozedura
[ou Cozedura em forno; ver Fornada] Designação corrente do processo de cozedura das peças de cerâmica em forno e a elevadas temperaturas; Processo que decorre por várias horas, numa primeira etapa todo o material no interior do forno é elevado de forma controlada a temperaturas que normalmente ultrapassam os 1000º (centigrados), numa segunda etapa procede‑se de forma lenta e controlada ao arrefecimento das peças que se encontram no interior do mesmo. [nota] Até se obter uma peça no seu estado final a mesma é normalmente sujeita várias vezes a cozedura.
Cru
[ou Verde, ou Objecto cru, ou Peça crua, ou Chacota crua; ver Chacota] Peça cerâmica que ainda não foi sujeita a cozedura. // Vidro em cru [ver Vitrificação] Vidro que ainda não foi sujeito a cozedura em forno.
Estampilha
[ou Estampado; ver Faixa] Processo de decoração das peças, de execução manual, consistindo na pintura ou aplicação de pigmentos sobre a superfície vidrada das mesmas, através de máscaras ou estampilhas; Este processo é normalmente usado na decoração com carácter repetitivo.
Faixa
[ou Friso, ou Barra] Azulejo geralmente de forma rectangular, contendo um motivo padrão ou formando um padrão conjuntamente com uma série finita de outras faixas. [nota] A utilização repetitiva ou seriada destes padrões ou faixas permite por exemplo formar uma bordadura ou implementar uma banda decorativa numa parede revestida de azulejos.
Figura avulsa
[ou Azulejo de figura avulsa] Azulejo de motivo isolado (de influência holandesa), podendo representar uma figura humana, um animal ou uma flor, entre outras.
Fornada
Nossa designação para todo o conteúdo depositado no forno. // Pode designar ainda o acto da própria cozedura em forno.
Friso
[ou Faixa, ou Barra; ver Faixa]
Grinalda
[ou Festão] Grinalda de flores ou de frutos, suspensa ou presa pelas duas pontas. // Pêndulo Grinalda de flores ou de frutos, suspensa ou presa pela ponta superior.
Grotescos
Motivos decorativos variados, em geral interligados, inspirados nos ornatos usados na arte romana, recriados em Itália a partir do Renascimento e difundidos através de composições flamengas maneiristas. [nota] Em Portugal esta decoração foi usada nos séculos XVI e XVII.
Lambrilha
[ou Loseta] Azulejo quadrado, de dimensões reduzidas e utilizado em pavimentos combinado designadamente com tijoleiras ou alfardons.
Lambrim
[ou Silhar, ou Alizar] Decoração de azulejos que reveste a parte inferior de uma parede, normalmente não ultrapassando a metade da sua altura.
Loiça
[ou Louça] Peças em cerâmica e decoradas com fim meramente decorativo ou de utilidade funcional designadamente travessas, terrinas, porta jóias, cinzeiros, base de copos, argola de guardanapos entre outros.
Loiça de casa de banho
[ou Louça de casa de banho] Peças acessórias ou de utilidade funcional em cerâmica e decoradas para casas de banho, designadamente lavatórios, saboneteiras, suportes para papel ou suportes para piassaba entre outros.
Maqueta
Estudo em escala de redução, normalmente executado sobre papel em aguarela, pastel ou tinta da china. Quando a obra o justifica, e o cliente delega nos nossos artistas uma solução ou soluções para a sua pretensão, esta será provavelmente a melhor forma de lhe ser transmitido como ficará o trabalho final.
Meia esquadria
[ou Azulejo a meia esquadria] Forma de assentar ou colocar os azulejos pela qual as faces ou lados destes formam 45º com o plano horizontal ou chão.
Miolo
Motivo decorativo de um painel excluindo a bordadura; Motivo ou tema principal.
Padrão
Composição seriada de repetição superficial, formada por número variável de azulejos. Também designa os motivos individuais que compõem a decoração de motivos repetitivos ou seriados.
Painel
[ou Painel de azulejo, ou Painel em azulejo; ver Azulejo] Quadro ou conjunto decorativo de azulejos; Formado normalmente mas não necessariamente por motivo e bordadura.
Painel recortado
[ver Azulejo recortado] Quadro ou conjunto decorativo de azulejos, formando um motivo, cujo contorno não é rectilíneo em pelo menos um dos lados. Contém necessariamente azulejos recortados. Mediante esta técnica é trabalhada não só a decoração do painel em azulejo mas ainda a sua forma mediante modulação dos contornos do mesmo, enobrecendo a aparência visual da obra.
Palma
[ou Palmeta] Ornato derivado de uma folha recortada e usado na fase final do período barroco.
Peça
[ou Objecto] Nossa designação para todo e qualquer componente individual que produzimos (ex.: Azulejo, Saboneteira ou um Prato decorativo).
Porcelana
Peça em argila branca cozida em forno à temperatura de 1250º (centígrados). [nota] Não trabalhamos com porcelana.
Registo
Painel de azulejos com motivo religioso (um ou mais santos), colocado nas fachadas de prédios e destinado a invocar a protecção da casa.
Retocar
[ou Retoque] Por vezes o trabalho não corre bem e surge o inesperado ou então observa‑se a consequência da reacção natural entre as substancias quando sujeitas a altas temperaturas, e a peça apresenta ligeiras imperfeições ou ainda não apresenta o estado final pretendido, nessa circunstancia, inesperada ou própria do processo de produção, a decoração da peça terá que ser retocada , ou seja aperfeiçoada. [nota] Após este processo a peça terá que ser novamente sujeita a cozedura.
Rodapé
[ou Soco] Parte inferior das decorações de azulejos, ou aplicação isolada de azulejos, com altura reduzida, na parte inferior das paredes.
Sanefa
[ou Sobre janelas, ou Sobre portas] Painel decorativo de azulejos enquadrando a parte superior de um vão.
Tapete
Revestimento decorativo em azulejo de superfícies consideráveis de parede, com repetição de um ou mais padrões. // Também designa painel decorativo de azulejos colocado no chão.
Tinta
[ver Vidro] Substância utilizada na decoração ou pigmentação das peças; normalmente um óxido metálico misturado com água. [nota] Este é o material mais comummente utilizado e a técnica mais corrente; [nota] É aplicada sobre o vidro ainda em cru. // Motivo executado a tinta Após o motivo pintado sobre a peça, esta é sujeita a elevadas temperaturas em forno; [nota] em algumas técnicas as peças têm de ser várias vezes sujeitas a cozedura em forno, sendo que em cada etapa são aplicadas novas camadas de vidros e/ou tinta.
Verde
[ver Cru]
Vidrado
Capa vítrea de revestimento das peças que se forma por fusão no processo de vitrificação.
Vidro
[ver Tinta] Substância aplicada em camada directamente sobre a chacota; Normalmente composição de minerais, óxidos de chumbo, óxidos de estanho, sílica ou cristais silícicos entre outros. Quando sujeita a elevadas temperaturas esta camada sofre um processo de fusão transformando‑se numa camada ou capa vítrea. [nota] Depois de vidrada e sujeita a eventual pintura ou processo decorativo a peça é sujeita a elevadas temperaturas em forno de onde resulta a conversão desta camada de substância numa cobertura de vidro. [nota] Existem vidros transparentes, em várias tonalidades de branco, coloridos ou de efeitos. Todas as nossas peças são vidradas. // Motivo executado em vidros Existindo vidros com pigmentação e dentro de determinadas limitações, designadamente inter‑reacções entre os vidros e paleta de cores existentes, é possível obter um motivo decorativo usando unicamente vidros, esta é no entanto uma técnica mais cara pois obriga a um grande estudo por parte do artista, eventualmente a que as peças tenham que sofrer várias cozeduras em forno e estamos perante um material menos económico que a tinta e de mais difícil aplicação; [nota] permite trabalhos excepcionais em motivos modernos ou arte nova.
Vitrificação
Processo de fusão da ou das camadas de vidro aplicadas sobre a chacota e que ocorre a elevadas temperaturas durante a cozedura em forno.

Imagem decorativa.

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